Sendo totalmente sincera contigo mesma: como esta situação te está a afetar?

Ansiedade, medo, terror, stress?
Não podemos ignorar o que sentimos. Perceber, encarar, “arrumar” é fundamental para que se consiga viver tudo o que estamos a viver agora.
Nunca ninguém sonhou viver o que vivemos nos dias de hoje
É um momento inédito na história da humanidade e, por mais privilegiado que sejamos, o medo e os pensamentos negativos não escolhem a quem vão chegar. Somos feitos de carne e osso.
Vai passar, vamos ficar bem.
Nós, que temos saúde e estamos em casa com cama, comida e roupa lavada, somos as pessoas com as melhores condições para sermos os agentes de colaboração neste cenário. Tanto as pessoas socialmente vulneráveis como todas as pessoas que estão na linha de frente fazendo com que tenhamos o essencial (que trabalham em hospitais, supermercados e demais serviços básicos) precisam de nós como sendo as pessoas de apoio. Sendo responsáveis pela construção de um mundo mais solidário, não só durante a pandemia, mas também depois… 
Todos temos medo. Estamos todos em tempos de instabilidade
Receamos a insanidade, o stress, os nervos. Nunca mais seremos os mesmos. A vida está a entregar-nos uma oportunidade de mudança a todos os níveis. A humanidade toda está a passar por isso em conjunto. Aliás, esta pandemia nos recorda que todos nós fazemos parte de um mundo só. 
O mundo é uma aldeia
(pode não ajudar tudo, mas pode ajudar em algo) Quando estiveres ansiosa, imagina e acredita que esse sentimento não é exclusivo, que não estamos sozinhos, que neste momento o mundo vive em ansiedade e em medo.
Como acalmarias alguém ansioso? O que lhe dirias? Como ajudarias a acalmar? Faz o mesmo a ti mesmo! Diz.te o que dirias a outra pessoa! Não duvides dos teus pensamentos e da tua capacidade de cuidares-te. 
E percebe que por pior que seja, a ansiedade, o medo, o pânico… todos eles chegam, atravessam, e depois passa. E, nessa altura, conseguimos respirar bem de novo. 
É tempo de ganhar confiança, de ver os sentimentos a chegar, nos atravessando e irem embora. 
Cuida de ti, como se fosses a pessoa que mais te ama, que te cuida incondicionalmente. Como te tratarias? E como te estás na realidade a tratar e a cuidar nesta altura?
Exercita-te e conhece-te. Antecipa os teus gatilhos. Abraça-os, entende-os e resolve-os
Neste momento, a maioria de nós teme pelos nossos pais, avós ou bisavós. E filhos, e amigos. Ora porque os podemos perder, ora porque os podemos deixar. 
Mas sabes esse amor que te leva a ficar em casa, para te e os proteger? Consegues a mesma empatia por um completo desconhecido? Ou mesmo por alguém de quem não gostas muito? Desejar realmente “que todos fiquem bem”. 
Como o Sol que nunca escolhe para quem vai nascer. E assim descobrirmos que somos capazes de ter compaixão. Que doido seria se depois dessa pandemia nós descobríssemos que temos um potencial infinito de compaixão dentro da gente. E que a compaixão é exatamente a forma mais potente de atravessar todo e qualquer sofrimento.
A maioria de nós tem medo de morrer, medo de perder, medo de falhar, medo de não ter, medo de não ser. E lutamos toda a vida para controlar. Mas ganhamos uma falsa ilusão de controlo. 
A vida, minha gente, sempre foi esse caldeirão de incertezas, o vírus tá só deixando isso escancarado. 
Imensas famílias, após uma semana em quarentena ou isolamento, vivem tempos de stress, de gatilhos, de falta de paciência, de nervos e gritos. Sem tentar abrandar, conectar, acalmar, ter paciência, ter amor, dar colo.
Está na hora de abrandar!
Precisamos de viver. Isso é o fundamental. Com mais ou com menos. Mas viver. O tempo, algo que há muito andava desaparecido da nossa vida, agora está aqui, em abundância, nas mãos de alguns para que a gente pense: como vamos viver a partir de agora? 
Agora tudo se agrava, o amor, a falta de paciência, o ódio, os medos. Quanto mais depressa percebermos o que precisamos de fazer para melhorarmos a nossa vida e a dos outros, mais facilmente conseguimos tentar contornar o assunto.
Há imensas famílias sem ter de comer, ou sem ter o que comprar, ou sem ter acesso aos produtos habituais derivado das suas limitações, sejam elas quais forem. Há imensas pessoas a precisar de ajuda, hoje mais do que nunca. Há imensas famílias “que mal vão dar por isto, salvo as quarentenas (a nível monetário) e há famílias e negócios que vão tremer muito. 
Estará na altura de deixar de olhar tanto para o nosso umbigo? De deixarmos de ser tão egoístas?
Temos imensas pessoas a ficarem doentes neste momento, e vemos sem dúvida um batalhão de gente, por amor ao próximo, pela profissão que escolheram, agora viver uma situação nunca sonhada. Médicos, enfermeiros, todos os profissionais de saúde e assistência ao funcionamento da saúde. Que “sendo a missão de vida” são altruístas e dão aos outros o que muito provavelmente não tem agora para dar a si mesmos.
Forças de segurança, empresas fabris de produtos necessários, senhores da recolha do lixo. Hoje em dia, as atividades “essenciais” já são mais do que muitas…. 
Por isso, nós, simples pessoas, devemos fazer o que podemos e DEVEMOS #ficaemcasa
Na medida do possível. Minimizando as pessoas que andam na rua e tem de trabalhar. Porque há sempre quem tenha de trabalhar. O mundo, hoje, não pode propriamente parar…
Abranda, acalma, conecta, abraça, comunica. 
Não é fácil o que vivemos hoje. Para absolutamente ninguém. Mas vai passar. Com calma. Temos mesmo MESMO de abrandar. 
Demasiadas vezes nós somos o gatilho para os problemas do dia-a-dia e não eles, os nossos filhos ou os outros. Eles não tem culpa; nós também não. E a bola de neve começa: todos ficamos stressados e nervosos, e isso multiplica. 
Nós, pais, somos os guias. E não podemos esperar das nossas crianças coisas que nos não conseguimos fazer nem formas de lidar com as coisas que nós não temos capacidade. Nós explodimos e eles também explodem. E isto é uma roda da viva. E ninguém acalma ninguém. Comunicação é fundamental. Explicar o que se passa. Abrandar, exigir menos. Comunicar, pedir colaboração. 
Por isso, temos de começar por nós para mudar os outros. Está na hora de abrandar e conectar…
Estás pronta para a mudança que está a acontecer?

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